Conforme informações levantadas junto ao setor administrativo/contábil da casa, a Câmara Municipal, atualmente, conta com 174 servidores, dos quais 138 são assessores contratados pelos vereadores. Além do salário de R$ R$ 12.025,00, cada um dos 23 vereadores da cidade tem direito a R$ 7.460,00, por mês, para contratação de pessoal. O Legislativo Municipal já conta com 11 cargos em comissão (cujos salários variam de R$ 2.266,34 a R$ 6.764,261), de livre nomeação pela mesa diretora. Em 2013, foram gastos pela casa legislativa R$ 7.752.189,52 com despesas de pessoal e encargos sociais, segundo o “Portal a Transparência” da Câmara.
Atualmente, a Câmara Municipal de Montes Claros conta com setor de assessoria de imprensa e a “TV Câmara”, que transmite as reuniões da casa.
Mesmo assim, o presidente da Câmara, Antonio Silveira (PTN), sustenta que a criação de mais um cargo para a “divulgação do trabalho dos vereadores” é necessária. “Quanto mais jornalista a gente tiver para divulgar o nosso trabalho e defender a imagem da Câmara, isso será benéfico”, argumenta Silveira.
O projeto foi encaminhado ao Executivo Municipal e sancionado pelo prefeito Ruy Muniz (PRB), mas ele vetou o artigo que cria mais um cargo de “assessor de imprensa” no Legislativo Municipal. O procurador jurídico do Município, Cláudio Versiane, disse que houve o veto porque o cargo foi criado através de lei ordinária, que exige votação simples (a maioria dos vereadores presentes em plenário) e, pela Lei Orgânica do Município, a criação de cargos só pode ser instituída por Lei Complementar, que exige aprovação pela maioria absoluta (mais da metade dos 23 vereadores).
Antonio Silveira disse que a questão voltará a ser apreciada, em plenário, pelos vereadores, que vão decidir se derrubam ou mantém o veto do Executivo. Ele admitiu que, conforme o entendimento da assessoria jurídica da casa, os vereadores poderão manter o veto e tentarem a aprovação de proposta semelhante, por intermédio de projeto de lei complementar, como requer a Lei Orgânica do Município.
O presidente da Câmara justificou que foi aprovada proposta para a nomeação do cargo de coordenador de compras e licitações por recrutamento amplo porque no quadro efetivo da casa, “não existem funcionários qualificados para a função”. Ele disse ainda que o reajuste de 12% para os servidores vai corrigir a inflação dos últimos dois anos, tendo em vista que a categoria não teve aumento salarial nesse período..