O acordo teve aval da prefeitura de São Paulo, hoje comandada por Fernando Haddad (PT).
O Deutsche foi um dos bancos nos quais circulou dinheiro do esquema de desvio da construção da avenida Jornalista Roberto Marinho (antigamente chamada Águas Espraiadas). No total, US$ 200 milhões transitaram pelo banco. O banco poderia ser acusado judicialmente de negligência.
"Havia esse risco. O acordo acaba com a discussão sobre a culpa do banco, sobre omissão por não verificação da origem do dinheiro", afirmou Sílvio Marques.
Do total de US$ 20 milhões, US$ 18 milhões irão para a Prefeitura; US$ 1,5 milhão para a Fazenda do Estado, para cobrir gastos que o Ministério Público teve com a investigação; US$ 300 mil para o fundo estadual de interesses difusos; e US$ 200 mil para gastos com perícias feitos durante o processo.
O promotor Sílvio Marques informou que proporá acordo semelhante com os bancos UBS, de Zurique; Citibank, de Genebra; Safra National Bank, de Nova Iorque, por onde os recursos também transitaram. O promotor espera que acordos com esses outros três bancos possam resultar num aporte de mais US$ 70 milhões.
Em 2012, a Justiça de Jersey condenou a família Maluf por fraude pelo desvio de dinheiro da construção da avenida Águas Espraiadas, e ordenou que US$ 32 milhões fossem devolvidos ao Brasil. A maior parte desse dinheiro ainda não foi repatriada. Grande parte dos ativos estão na forma de ações, e a Prefeitura aguarda o melhor momento para trazer o dinheiro para o Brasil de forma a obter o melhor resultado financeiro na operação..