O Ministério das Relações Exteriores enviou nesta quarta à Itália o pedido de extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão, que está preso naquele país. A documentação necessária ao pedido de extradição foi entregue na terça pelo Ministério da Justiça ao Itamaraty, que é responsável pelo transporte do pedido.
O pedido para que Pizzolato retorne ao Brasil para cumprir a pena a que foi condenado do processo do mensalão foi encaminhado inicialmente à embaixada brasileira na Itália. De lá, será repassada ao Ministério das Relações Exteriores italiano, cumprindo os protocolos diplomáticos. Só quando chegar à Justiça italiana é que o pedido será analisado.
As 153 páginas do documento foram preparadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que pagou R$ 8 mil a empresa para fazer a versão em italiano. Em seu pedido, a PGR reconhece que, como o ex-diretor do Banco do Brasil tem dupla nacionalidade, o governo da Itália não tem obrigação de extraditá-lo. A procuradoria diz, porém, que a possibilidade de extradição é juridicamente viável.
Os documentos chegaram segunda-feira (24) ao Ministério da Justiça, onde tramitaram por apenas um dia. Condenado a 12 anos e sete meses de prisão por lavagem de dinheiro e peculato na Ação Penal 470, Henrique Pizzolato estava foragido desde novembro de 2013 e foi preso no início deste mês em Maranello, na Itália.