O ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), deu o quarto voto a favor da manutenção da pena por formação de quadrilha de condenados no processo do mensalão, no início da tarde desta quinta-feira. Em um duro voto, o decano rebateu as acusações de que o julgamento, ocorrido dois anos atrás, foi a "maior farsa da história brasileira" e um "julgamento de exceção".
Para o ministro, as acusações contra o Supremo são uma "gravíssima aleivosia" que há de ser repelida com veemência pela Corte. E disse que tais afirmações só servem "unicamente para dissimular a absoluta falta de convicção pessoal dos embargantes (recorrentes) da sua inocência", criticou.
O decano disse que o esquema tinha por objetivo corromper "por meios escusos ilícitos", apropriar-se da coisa pública, dominar o Parlamento e promover o esquema em proveito próprio. No momento, o presidente da Corte, Joaquim Barbosa, dá o último voto no julgamento dos recursos por formação de quadrilha.