O advogado Pierpaolo Bottini defendeu nesta quinta-feira, 27, a absolvição do seu cliente, o ex-deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), do crime de lavagem de dinheiro no julgamento do processo do mensalão. Em sustentação no Supremo Tribunal Federal (STF), o defensor disse que João Paulo não teve a intenção de ocultar recursos de origem supostamente ilícita ao enviar a mulher, Márcia Regina, para buscar R$ 50 mil numa agência do Banco Rural em Brasília.
Pierpaolo Bottini disse que não havia qualquer indicação de que o então parlamentar conhecesse suposta a origem ilícita das operações. "Aqui não parece haver dolo", afirmou. O advogado destacou ainda que não é possível condená-lo tanto por lavagem de dinheiro como corrupção passiva, o outro crime pelo qual ele foi punido. Isso porque o último deles, a corrupção passiva, acarretaria a impossibilidade de puni-lo por lavagem de dinheiro. "Me parece uma ampliação em excesso da norma penal", afirmou.
Após a sustentação da defesa de João Paulo, os advogados do ex-assessor do PP João Claudio Genu e do ex-corretor Breno Fischberg.