O contrato dos Correios que envolve a Siemens - que hoje também é alvo de investigações por causa do cartel dos trens que funcionou nos governos tucanos em São Paulo - tinha o valor de R$ 5,3 milhões. Ele foi firmado no governo Lula para fornecimento de sistemas eletrônicos de movimentação e triagem de carga.
As planilhas que indicam o pagamento de propina foram encontradas pela Polícia Federal após apreensão dos computadores do ex-diretor dos Correios Maurício Marinho e de outro assessor da diretoria. Além disso, e-mails apreendidos com lobistas que atuavam na estatal mostraram que o diretor da Siemens Luiz Cox negociou pagamento de "comissão" para obter contrato com os Correios.
Os documentos integram ação penal em que Marinho e Jefferson são réus na Justiça Federal do Distrito Federal. O ex-deputado responde por formação de quadrilha e é acusado de ser "o chefe da estrutura criminosa" que atuava nos Correios e desviava dinheiro para o PTB. Marinho é acusado dos crimes de quadrilha e corrupção.
Procurada nesta sexta-feira (26), a Siemens informou que não comentaria as informações constantes da planilha encontrada no computador de Maurício Marinho.
O advogado Pinheiro Lemos, defensor do ex-deputado Roberto Jefferson, observou que os autos da ação penal em que o ex-deputado e Maurício Marinho são réus ainda estão "em fase de inquirição de testemunhas, fase de instrução processual". Ele anotou que não tem conhecimento da planilha relativa ao contrato da Siemens. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo
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