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Estado de Minas

Ministro da Saúde comenta aumento do salário de médicos cubanos no Galo da Madrugada


postado em 01/03/2014 16:47

Ministro da Saúde, Arthur Chioro, acompanhou o Galo da Madrugada ao lado do senador Humberto Costa. (foto: PT/Divulgação)
Ministro da Saúde, Arthur Chioro, acompanhou o Galo da Madrugada ao lado do senador Humberto Costa. (foto: PT/Divulgação)

Pela primeira vez no Galo da Madrugada, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, comentou o aumento de salário dos profissionais cubanos contratados no programa Mais Médicos, do governo federal. O ministro destacou que a medida faz parte do aperfeiçoamento do programa, que foi lançada em 8 de julho de 2013. "Hoje são 9,5 mil médicos atendendo a população de mais de 700 municípios, que nunca contaram com médicos, atendendo nas periferias das grandes cidades. No Norte e Nordeste, temos a cobertura de quase 100%", afirmou,

O ministro ironizou as críticas do DEM. O partido tem dito que o governo federal tenta abafar irregularidades no programa ao aumentar os repasses para os profissionais de Cuba. O partido apontava que os médicos cubanos estavam atuando no país sem os direitos trabalhistas garantidos. A denúncia está em investigação pelo Ministério Público do Trabalho. "Muito legal ver o DEM defendendo os médicos cubanos. Eles (os integrantes do partido) foram contra o programa, diziam que os médicos cubanos não eram bons e, agora, estão defendendo", afirmou.

Questionado se as mudanças no Mais Médicos tinham sido consequência da deserção da médica cubana Ramona Matos Rodriguez se devia à questão, o ministro negou enfaticamente. "Para nós, era fundamental aperfeiçoar o programa e, entre outras coisas, estamos disponibilizando para os 7,4 mil médicos cubanos no país condições de viver bem no Brasil, de atender bem a população brasileira", frisou.

A médica Ramona Matos Rodriguez buscou abrigo, no dia 4 de fevereiro, no gabinete da liderança do DEM na Câmara dos Deputados depois de abandonar o programa Mais Médicos no Pará. Ela afirmou, na ocasião, que iria pedir asilo ao governo brasileiro. O caso teve uma grande repercussão e, desde então, outros médicos abandonaram o programa.

Segundo Arthur Chioro, já havia estudos no Ministério da Saúde apontando a necessidade de melhorias no programa. Por causa desses estudos, o ministério estava em negociação com a Organização Panamericana de Saúde e com o governo cubano sobre o aumento de salário dos profissionais. "Nós tínhamos visto que o custo de vida nos grandes centros urbano era mais elevado e exigia que a gente conseguisse trabalhar com mais recursos aqui", explicou.

O ministro lembrou que os médicos cubanos são empregados do governo cubano que os direitos previdenciários e trabalhistas deles são assegurados em Cuba. "Quando eles voltarem a Cuba, o vínculo empregatício estará garantido", frisou. Arthur Chioro informou que, além da moradia e da alimentação, que podem chegar a mais de R$ 2,5 mil, o governo brasileiro disponibiliza R$ 3 mil líquidos como remuneração. "Eles podem gastarem como quiserem esse dinheiro", encerrou.

 


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