O problema entre eles teve início no ano passado, por discordâncias em relação à condução da Saúde, e estourou em novembro, quando Mattozo divulgou carta aberta anunciando o rompimento com Perugini. Agora, sem gabinete para despachar na sede da prefeitura e nem mesmo um telefone funcional, o vice abriu mão do salário líquido de R$ 6,1 mil do cargo, que doou para o Hospital das Clínicas Samuel Libânio, da Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí (FUVS), onde Mattozo trabalha como médico cardiologista. "Não me sinto à vontade recebendo por uma função que não estou exercendo", justificou.
Segundo o vice, o problema foi um "desacordo com o prefeito em relação à gestão" da Saúde pública. Ele disse que aceitou o convite para compor a chapa vencedora nas eleições de 2012 com a condição de ser o "gestor político" da área e criar "políticas públicas em defesa de um sistema de saúde voltado para o cidadão". "Fui tolhido de realizar este sonho devido à falta de apoio da atual administração, que não enxerga a saúde pública como prioridade", declarou, na carta aberta divulgada à população. De acordo com Mattozo, por causa do atrito Perugini não sai cidade, pois, mesmo sem exercer qualquer função na prefeitura, o vice ainda assume o cargo na ausência do titular. "Ele (prefeito) evita deixar a cidade.
A reportagem tentou falar com Perugini, mas ele não foi encontrado. Por meio de sua assessoria, a prefeitura negou que tenha havia um rompimento institucional com o PMDB e afirmou que há apenas uma "discordância pessoal" por "diferenças no tipo de gestão" entre o prefeito e o vice, que teria chegado a pedir a substituição do secretário de Saúde, o médico Luís Augusto de Faria Cardoso, que o próprio Mattozo indicou. A prefeitura alegou que estava fazendo investimentos em Educação e outras áreas e que a Saúde agora será a prioridade. E declarou que ainda é parceira do PMDB na Câmara, na qual há dois peemedebistas entre os 15 vereadores..