Campos voltou a dizer que há um novo pacto social no Brasil e citou o crescente interesse dos cidadãos brasileiros em participar do processo democrático. "A população brasileira está com o pavio mais curto, e isso é bom, se soubermos usar essa energia para melhorar o Brasil", explicou.
"As pessoas olham para Brasília e não se veem ali, porque as conversas em Brasília não correspondem com o que há no mundo real. O muro entre Brasília e o mundo real cresceu, e o Brasil foi para as ruas em junho para derrubar esse muro", afirmou. "Essa energia agora precisa ser conduzida para melhorar o Brasil e não para piorar o Brasil, e para isso tem que se falar a verdade. Há uma crise política, uma crise econômica, e não se resolve a crise escondendo a crise. É preciso diálogo."
O governador disse ainda que o País não pode assistir aos problemas serem "jogados para baixo do tapete" postergados para novembro, após as eleições presidenciais.
Campos disse que há uma série de problemas enfrentados atualmente pelo Brasil que foram gerados "genuinamente" por decisões do governo Dilma.
Segundo ele, o Brasil vinha crescendo em linha com o mundo e com a América latina, mas isso deixou de acontecer a partir de 2011. "O mundo foi se organizando na pós-crise, os blocos foram se adaptando, uns com mais dificuldades e outros com menos", explicou. "Isso encurtou o espaço do Brasil (no cenário internacional), mas nós erramos em tomar muitas decisões", disse durante a palestra.
De acordo com o governador, muitas vezes "a forma acabou atrapalhando o conteúdo" na tomada de decisões do governo federal, prejudicando a atração de investimentos.
"Para os agentes econômicos fica a impressão de que falta um olhar de longo prazo. Para onde estamos indo, o que vamos fazer?", revelou..