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Estado de Minas

PSDB oferece ao PMDB participação na chapa ao governo de Minas

Tucanos aproveitam as relações conturbadas dos peemedebistas com o PT e fazem proposta de aliança para a disputa em Minas


postado em 11/03/2014 06:00 / atualizado em 11/03/2014 06:57

No auge da crise entre PT e PMDB no plano nacional, o presidente do PSDB de Minas Gerais, deputado federal Marcus Pestana, foi nessa segunda-feira à sede do PMDB mineiro oferecer ao partido a participação na chapa encabeçada pelo ex-ministro das comunicações, Pimenta da Veiga, na disputa pelo governo do estado. Em ambiente favorável, com a maioria dos presentes pertencentes à ala peemedebista simpática aos tucanos, o dirigente se arriscou a falar na inclusão da legenda em um “projeto maior de Minas”, que, segundo ele, é eleger o senador Aécio Neves presidente da República. Apesar de todos falarem em candidatura própria do PMDB, a receptividade foi positiva.

Na fala inicial, Pestana se esforçou para mostrar que, apesar de o PMDB fazer oposição ao governo do PSDB na Assembleia, os dois partidos são próximos. “O PSDB saiu de uma costela do PMDB”, disse. Segundo ele, Pimenta da Veiga chegou a ser líder do PMDB na Câmara e ele próprio também foi filiado. O dirigente se empolgou mais ao falar da necessidade da unidade em Minas pela campanha do tucano Aécio. Segundo ele, o tucano tem mais experiência política que Dilma e o PMDB tem mais afinidade com o PSDB do que com o PT.

Apesar de ressaltar que defende a candidatura própria, o ex-ministro Hélio Costa se mostrou simpático à conversa com o PSDB. Disse não ter sido curado de algumas “feridas e traições” quando foi candidato a governador, em 2010, e ponderou que, caso o partido faça uma aliança, não precisa ser necessariamente dentro da base aliada à presidente Dilma Rousseff (PT). Ele se referia à falta de unidade do PT, que ofereceu os candidatos a vice e senador em sua campanha, mas não foi unido para a disputa. O deputado federal Leonardo Quintão reforçou a crítica. Segundo ele, se tivesse havido unidade no trabalho eleitoral pela eleição de Costa, o partido teria chegado ao menos ao segundo turno do pleito.

DIÁLOGO Pestana afirmou que, caso o PMDB se abra ao diálogo, estariam abertas conversas para coligações nas chapas para deputado estadual e federal, possibilidade de participação em um eventual governo e, “pela expressão do PMDB”, também daria espaço na chapa majoritária.

Segundo o presidente do PMDB, deputado Saraiva Felipe, apesar de o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, ter dito que o partido tende a se unir ao PT, os petistas não procuraram o partido oficialmente. Cotado para ser vice na chapa do PT, Andrade se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no mês passado e reassume a presidência estadual do PMDB em abril, quando sairá do cargo em Brasília. Houve quem se manifestasse contrariamente, alegando que, nos últimos 20 anos, o PMDB sempre esteve na oposição ao PSDB e que os tucanos entraram até com um pedido judicial para cortar tempo da propaganda partidária do PMDB.


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