O requerimento, apresentado originalmente pela oposição, cria uma comissão externa para acompanhar, na Holanda, investigações sobre um esquema de pagamento de subornos a empresas de vários países no qual a Petrobras é mencionada.
O tema conta com forte resistência do governo, que defende a sua retirada de pauta ou a sua rejeição, mas ganhou força ao ser abraçado pela chamado "blocão", grupo de deputados de oito partidos insatisfeitos com a articulação política do Planalto. Há duas semanas, a proposta chegou a ser discutida pelo Plenário da Câmara, mas sua votação não foi concluída.
Mesmo com o governo defendendo o adiamento da votação do Marco Civil da Internet por temer que a crise política deflagrada resulte em derrota para o Planalto, o presidente da Câmara disse que vai levar o projeto ao Plenário. Perguntado pela reportagem sobre como reagirá quando o tema for discutido no colégio de líderes, agendado para a tarde desta terça, Henrique Alves respondeu: "Se (o governo) for defender, é no Plenário, porque vou pautar e levar para o Plenário votar".
Eduardo Cunha
O presidente da Câmara também defendeu o líder do PMDB na Casa, Eduardo Cunha (RJ), pivô da crise com o Planalto e a quem o governo tem tentado isolar. "É impossível isolar o líder de uma bancada de 76 deputados federais. Pode haver dificuldades, faz parte do jogo político, mas isolar o líder do PMDB não passa pela cabeça do PMDB", concluiu..