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Estado de Minas

Comissão para investigar denúncias contra a Petrobras pode ser votada nesta terça

A afirmação foi feita pelo presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB-RN)


postado em 11/03/2014 17:07 / atualizado em 11/03/2014 17:54

Brasília, 11 - Apesar da oposição do governo, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse nesta terça-feira que o requerimento para criar uma comissão externa responsável por acompanhar investigações que citam a Petrobras será o primeiro item da pauta. "Vou (pautar). Essa pauta é de 15 dias atrás. É o primeiro item e logo depois (haverá) a discussão para votação do Marco Civil da Internet", disse Alves ao chegar à Câmara.

O requerimento, apresentado originalmente pela oposição, cria uma comissão externa para acompanhar, na Holanda, investigações sobre um esquema de pagamento de subornos a empresas de vários países no qual a Petrobras é mencionada.

O tema conta com forte resistência do governo, que defende a sua retirada de pauta ou a sua rejeição, mas ganhou força ao ser abraçado pela chamado "blocão", grupo de deputados de oito partidos insatisfeitos com a articulação política do Planalto. Há duas semanas, a proposta chegou a ser discutida pelo Plenário da Câmara, mas sua votação não foi concluída.

Mesmo com o governo defendendo o adiamento da votação do Marco Civil da Internet por temer que a crise política deflagrada resulte em derrota para o Planalto, o presidente da Câmara disse que vai levar o projeto ao Plenário. Perguntado pela reportagem sobre como reagirá quando o tema for discutido no colégio de líderes, agendado para a tarde desta terça, Henrique Alves respondeu: "Se (o governo) for defender, é no Plenário, porque vou pautar e levar para o Plenário votar".

Eduardo Cunha


O presidente da Câmara também defendeu o líder do PMDB na Casa, Eduardo Cunha (RJ), pivô da crise com o Planalto e a quem o governo tem tentado isolar. "É impossível isolar o líder de uma bancada de 76 deputados federais. Pode haver dificuldades, faz parte do jogo político, mas isolar o líder do PMDB não passa pela cabeça do PMDB", concluiu.


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