Na nota, os deputados da bancada manifestaram apoio ao líder Eduardo Cunha (RJ) e ressaltaram que ele continua sendo o único interlocutor da bancada perante outras esferas. "Se ela (Dilma) quiser ouvir a bancada da Câmara, terá de falar com a bancada da Câmara", avisou Cunha. Os peemedebistas também reafirmaram a intenção de não indicar nomes para a reforma ministerial e ainda agradeceram a posição do PMDB do Senado em não indicar os senadores Vital do Rêgo (PB) e Eunício Oliveira (CE) para os ministérios. "O Senado se recusou a indicar", comemorou Cunha.
Segundo o líder, a cada semana a bancada discutirá sua posição conforme as matérias que estiverem em pauta. Para os próximos dias, os deputados do PMDB decidiram que manterão a oposição ao projeto do Marco Civil da Internet e que votarão pela criação da Comissão Externa para acompanhar as investigações contra a Petrobras na Holanda. "A crise está presente, ninguém está escondendo que a crise existe", reiterou o líder.
Cunha ressaltou que não cabe à bancada discutir o rompimento da aliança com o PT em nível nacional, embora a maior parte dos deputados tenha defendido a ruptura na reunião. "O que está em discussão é a qualidade da aliança", enfatizou.
Questionado sobre a declaração no Chile da presidente Dilma Rousseff - que afirmou que o PMDB só lhe dava "alegrias" -, Cunha atribuiu a afirmação à lealdade do PMDB nas votações. "O PMDB até hoje não faltou com a lealdade ao governo", respondeu..