Brasília – Dilma Rousseff quer concluir a emperrada reforma ministerial até sexta-feira e evitar que a crise na base, incendiada pelo PMDB, contamine os demais partidos . A presidente já tinha avisado o PMDB que, quando retornasse do Chile – ela desembarcaria em Brasília na noite dessa terça-feira -, chamaria a cúpula partidária para discutir espaços no governo, o que deve ocorrer nesta quarta-feira. Ainda nessa terça-feira, o chefe da Casa Civil, ministro Aloizio Mercadante, conversou com quatro legendas – PDT, PP, PR e PTB – para discutir as alianças estaduais e os cargos que essas siglas terão no mapa da Esplanada. Dilma quer empossar toda a equipe ainda esta semana, encerrando uma novela que se arrasta há seis meses.
Os deputados queriam indicar o presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI), mas ele recusou. Ontem, Nogueira desmentiu que Occhi seja o favorito. “Temos três nomes que se enquadram no perfil que a presidente deseja. Cabe a ela decidir”, disse Nogueira. Mercadante pediu também o apoio em Pernambuco e em São Paulo aos candidatos aliados ao Planalto – Armando Monteiro (PTB) e Alexandre Padilha (PT), respectivamente.
Movimentos Pedido semelhante foi feito ao PDT. “Nós fizemos uma análise do cenário, estado por estado, e ele (Mercadante) me pediu para estarmos juntos onde for possível”, afirmou Carlos Lupi, presidente do PDT. Por volta da hora do almoço, o ministro-chefe da Casa Civil se reuniu com o Pros. O partido deve ficar mesmo com o Ministério da Integração Nacional, a partir da efetivação de Francisco Teixeira, afilhado político dos irmãos Cid e Ciro Gomes.
Já o PTB insiste na tese de que não indicará nomes. “É claro que a presidente é livre para nomear quem ela desejar, mas vamos apoiá-la independentemente de cargos”, declarou o presidente nacional do partido, Benito Gama.