Os parlamentares querem ouvir explicações também do ministro da Saúde, Arthur Chioro, sobre o regime de contratação de médicos cubanos pelo governo brasileiro. Outro que deverá se explicar é o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, sobre a liberação de verbas de emendas parlamentares.
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle aprovou também o convite para , Manoel Dias (Trabalho e Emprego), Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência da República) e Jorge Hage (Controladoria Geral da União). Eles são convidados a prestar esclarecimentos sobre denúncias de irregularidades em contratos firmados com ONGs.
O Planalto tem trabalhado para evitar a convocação de ministros pelo Congresso, temendo o acirramento do debate político em ano de campanha eleitoral. O governo conseguiu uma vitória parcial na tarde dessa terça-feira, ao barrar a convocação dos ministros das Cidades e do Planejamento, Aguinaldo Ribeiro e Míririam Belchior, respectivamente.
O deputados querem explicações da ministra do Planejamento sobre um decreto que autorizou, no ano passado, a contratação sem licitação da Geap Autogestão em Saúde. Há outro pedido de convocação de ministros tramitando na Câmara dos Deputados, que inclue ainda o minisnistro de Minas e Energia, Edison Lobão.
Propina na Petrobras
A primeira derrota de Dilma na Câmara aconteceu nessa terça-feira com a aprovação da comissão externa da Câmara para acompanhar uma investigação que já está sendo feita pela Petrobras. A empresa averigua denúncias de pagamento de propina a funcionários da estatal a uma companhia holandesa, que tem contrato com petrolífera brasileira.
A aprovação da comissão ocorreu um dia depois de a cúpula do PMDB reunir-se com a presidente Dilma Rousseff para discutir a distribuição de cargos no governo. A bancada do partido na Câmara declarou independência e defendeu a revisão da aliança com o PT no plano nacional.
A comissão externa foi aprovada com 267 votos favoráveis, 28 contrários e 15 abstenções. A derrota do governo foi orquestrada pelo blocão de 250 deputados, integrado por peemedebistas e outros partidos da base aliada insatisfeitos com o tratamento dispensado pelo governo Dilma na distribuição de cargos no Executivo e liberação de recursos das emendas parlamentares.
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