O colegiado convocou os ministros do Trabalho, Manoel Dias (PDT), da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e o ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage.
Numa tensa sessão, com diversos bate-bocas, deputados do PT e aliados fiéis ao governo acusaram o presidente do colegiado, João Arruda (PMDB-PR), de adotar manobras regimentais e de direcionar as votações de acordo com as vontades do líder peemedebista e pivô da crise com o Planalto, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Parece que o deputado Eduardo Cunha está conduzindo a sessão", provocou o petista Edson Santos (RJ). "Esta casa não pode ser contaminada por projetos pessoais", acrescentou o líder do PP, Eduardo da Fonte (PE), que tentou sem sucesso evitar a convocação de Aguinaldo Ribeiro, indicado por seu partido. O líder do PMDB se defendeu das acusações e disse que Arruda agiu no cumprimento do regimento da Câmara.
Pelo último requerimento, aprovado nesta manhã, os ministros Manoel Dias, Gilberto Carvalho e Jorge Hage deverão falar sobre "denúncias de irregularidades de ONGs". Carvalho, chefe da Secretaria-Geral da Presidência, também deverá ser questionado por deputados sobre o patrocínio da Petrobras, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Caixa Econômica Federal a um evento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), numa marcha que terminou em confronto com a Polícia Militar do Distrito Federal.
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