Ele afirmou ainda que o Brasil é um participante "mínimo das correntes de comércio internacional". "Todos os países que emergiram da renda média para o desenvolvimento o fizeram através de integração de suas economias com o comércio internacional", destacou o economista. Por esses fatores, a prioridade para o novo governo a partir do segundo ano de mandato deve ser "definir uma programação de integração competitiva da economia no cenário internacional".
O economista André Lara Resende, que também participou do evento, afirmou que o primeiro ponto de uma nova agenda deve ser "voltar ao rumo correto, à boa prática macroeconômica e fazer com que o País escape da armadilha da renda média". Resende afirmou que para aumentar a produtividade do trabalho é preciso investimento em capital fixo e também em educação. "Nós apostamos num ensino superior universitário comercializado." Ele criticou ainda o fato de o Brasil ser um País que "poupa pouco e investe pouco", falando tanto do setor privado como do público, e também o "isolamento comercial" do País.
Por fim, Resende disse ser necessário "rever o Estado brasileiro".
Já o economista Pérsio Arida disse que a estabilidade financeira, iniciada justamente com a adoção do real, não está inteiramente completa. Segundo ele, as taxas de juros ainda são muito elevadas. Segundo Arida, é preciso colocar em práticas reformas profundas, pois, para ele, "reformas tópicas" perdem força com o tempo. "Precisamos de uma agenda liberal", disse, ressaltando que não se trata de adotar políticas neoliberais..