Jornal Estado de Minas

Chinaglia minimiza derrota em votação sobre Petrobras

Chinaglia afirmou que o governo não subestimou a força do chamado "blocão", grupo de partidos, em sua maioria da base aliada, que resolveu declarar independência no plenário e que teve peso crucial no resultado da votação

- Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados

O líder do Governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou há pouco que a aprovação de criação de uma comissão externa para investigar a Petrobras foi uma derrota relevante para o Palácio do Planalto no ponto de vista numérico, e não de mérito. Para ele, a comissão não terá sucesso.

Chinaglia afirmou que o governo não subestimou a força do chamado "blocão", grupo de partidos, em sua maioria da base aliada, que resolveu declarar independência no plenário e que teve peso crucial no resultado da votação. "O governo ouviu o recado que foi dado e ao mesmo tempo começou a fazer tratativas com os vários partidos da base", disse.

O líder questiona o fato de que ainda não há nenhuma investigação formal na Holanda sobre possíveis pagamentos de propina à Petrobras. Chinaglia também duvida da eficácia da comissão. "É imaginar que uma delegação parlamentar de qualquer outro País que chegar ao Brasil e falar 'eu quero ver o que a Polícia Federal está investigando, eu quero ver o que o Ministério Público está investigando'. Não creio que teria sucesso", afirmou.

O deputado disse ainda que o governo está trabalhando para que novas derrotas não ocorram em projetos de grande relevância. "O Marco Civil da Internet, se for votado com mau humor e distorcer o resultado, aí pode haver prejuízos para o País. Divergências nós sabemos que existem.
Que cada bancada expresse a sua opinião fora do ambiente de confronto", concluiu..