"A denúncia é forte, acho até que o instrumento é fraco, a comissão externa não vai muito além do que a mídia já fez, poderia ser caso até de CPI. Se aparecer eu assino, até para manter a coerência", disse. "Não se trata de traição, eu sou PT, sou governo, entretanto tem algumas coisas que não flexibilizo em nome da governabilidade, que são as questões éticas", complementou.
Praciano é presidente da Frente Parlamentar Contra a Corrupção no Congresso e integrante da Organização Global de Parlamentares contra a Corrupção. Diz que o tema é uma bandeira de seu mandato e que por isso ninguém do partido ou do governo sequer o procura na tentativa de impedir quaisquer investigações. "Sou um PT à moda antiga, com muitos princípios do tempo da oposição. O PT é um partido que sempre defendeu o combate à corrupção", afirmou. "Ninguém me procurou, nem procurei ninguém.
Praciano diz que como a acusação publicada na imprensa trouxe valores, nomes e suspeitas de pagamento de propina é uma obrigação do Congresso apurar a veracidade. "Não tenho compromisso com erro de ninguém", afirmou. O petista destaca que a justiça holandesa e o Ministério Público brasileiro já estão apurando o caso, mas ressalta que este argumento não serve para impedir a Câmara de tentar avançar no tema. "Com a comissão criada, eu espero agora um trabalho sério, profissional, sem 'oba-oba'. Tem que ser algo para demonstrar respeito com a população", defende o petista..