O PSD de Minas quer ficar longe do “desmanche político” protagonizado pela presidente Dilma Rousseff (PT). A avaliação para justificar a costura política com os tucanos é do secretário estadual de Saúde, Alexandre Silveira, principal liderança da legenda no Estado. “Falta a ela (Dilma) diálogo com a classe política”, avalia Silveira, se referindo à crise enfrentada pela presidente com os partidos da base aliada na Câmara, em especial com o PMDB. O secretário conversou na manhã desta quinta-feira com o em.com.br, pouco antes de participar de uma reunião com o pré-candidato Pimenta da Veiga (PSDB) para selar o apoio do PSD à candidatura do tucano ao governo de Minas.
Há dois anos, nas eleições para prefeito de Belo Horizonte, o PSD de Alexandre Silveira precisou ir à Justiça Eleitoral para fazer valer a convenção do partido que decidiu, por maioria, apoiar a candidatura do então candidato e hoje prefeito Marcio Lacerda (PSB). Em contrapartida, a direção nacional ameaçava intervenção, se o partido não voltasse atrás na decisão de apoiar Lacerda e migrasse para a campanha do candidato Patrus Ananias (PT).
Presidido nacionalmente pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, o PSD faz parte da base de apoio do governo Dilma. Kassab vem negociando a manutenção do apoio para a campanha à reeleição de Dilma. “Daqui até junho (último mês para a realização das convenções partidárias) muita coisa pode acontecer”, respondeu Silveira ao ser indagado se o partido continuaria na base de sustentação do governo Dilma. “Mas não vamos para o embate com o diretório nacional, se o partido decidir apoiar a candidatura da presidente”, adiantou, acrescentando, contudo, que o PSD não vai patrocinar em Minas palaque duplo para a disputa presidencial e ao governo do Estado. “Vamos apoiar Pimenta e o senador Aécio Neves (pré-candidato à Presidência da República)” , garantiu Silveira