Feita a conta-gotas desde o final do ano passado, com rejeições de nomes indicados pela bancada do PMDB, a troca nos ministérios foi acelerada pela presidente Dilma depois de uma semana de embates e de derrotas do governo na Câmara, onde 10 ministros e a presidente da Petrobras, Graça Foster, foram convocados (obrigados) ou convidados (aceita se quiser) para dar esclarecimentos na Câmara sobre assuntos espinhosos para o governo.
Nomes indicados
Um dos nomes indicados, segundo Raupp, é o do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, para assumir o comando da pasta no lugar de Antônio Andrade. "Esse foi um consenso no partido", disse.
Já o nome de Angelo Oswaldo (PMDB-MG), atual presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), para o Ministério do Turismo, atualmente comandado por Gastão Vieira, "não pacifica nem a bancada do PMDB mineiro", afirmou Raupp. Apesar de não sugerir outro nome para a vaga, a bancada peemedebista na Câmara não apoia a indicação de Oswaldo.
Com a expectativa da confirmação dos nomes ainda hoje, Raupp calcula que alguns ministros tomem posse nesta sexta-feira (14) ou na próxima segunda-feira (17).
Apesar das indicações, a insatisfação da bancada peemedebista na Câmara deve continuar, segundo Raupp: "Ainda vai demorar um pouco", avaliou. Além dos ministérios, há problemas de entendimento em relação a alianças estaduais e liberação de emendas. Dos 12 ou 13 estados em que PT e PMDB estão em diálogo para formar aliança eleitoral, já há acordo em 8 ou 9, de acordo com o presidente do partido.
Raupp se reuniu na manhã desta quinta-feira com o vice-presidente Michel Temer e participou da cerimônia, no Palácio do Planalto, para anunciar recursos ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Urbana.
Com Agência Brasil.