A presidente Dilma Rousseff anunciou, nesta quinta-feira, mais uma rodada da reforma ministerial que vem sendo desenrolada desde o início deste ano. Na tarde de hoje, a secretária de imprensa da Presidência divulgou os seis novos integrantes do governo. Entre os nomes que integram a lista está o do reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Clélio Campolina Diniz, para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação no lugar do professor Marco Antônio Raupp. Além dele, deixam a administração federal os ministros do Desenvolvimento Agrário, deputado Pepe Vargas; das Cidades, deputado Aguinaldo Ribeiro; da Pesca e Aquicultura, senador Marcelo Crivella e do Turismo, deputado Gastão Vieira. Segundo a nota, os ministros substituídos deixam seus cargos “depois de prestarem importante colaboração ao governo e ao país”. A cerimônia de posse será às 10h, na próxima segunda-feira.
Já o senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) ocupará o ministério da Pesca e Agricultura, atualmente conduzido pelo também senador Marcelo Crivella, também do PRB fluminense. Neri Geller, hoje secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, será o substituto de Antônio Andrade na pasta. Para o lugar de Gastão Vieira no Ministério do Turismo, a presidenta anunciou o gerente de assessoria internacional do Serviço Brasileiro às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Vinicius Nobre Lages. O nome anteriormente cotado é o do Angelo Oswaldo (PMDB-MG), atual presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), mas o nome dele "não pacifica nem a bancada do PMDB mineiro", afirmou o presidente da legenda Valdir Raupp.
Reforma
Esta é a segunda etapa da reforma ministerial, iniciada por Dilma há pouco mais de um mês. Gleisi Hoffmann, Alexandre Padilha e Helena Chagas saíram, respectivamente, da Casa Civil, da Saúde e da Secretaria de Comunicação Social (Secom). Aloizio Mercadante assumiu o lugar de Gleisi e foi substituído na Educação por José Henrique Paim. Já a pasta da Saúde foi ocupada por Arthur Chioro, e Thomas Traumann assumiu a Secom.
Para acalmar a base
Com a bancada do PMDB na Câmara em pé de guerra com o governo federal,l a reforma ministerial pode ajudar a apaziguar os ânimos dos peemedebistas insatisfeitos pela demora na redefinição dos cargos na Esplanada dos Ministérios.
Feita a conta-gotas desde o final do ano passado, com rejeições de nomes indicados pela bancada do PMDB, a troca nos ministérios foi acelerada pela presidente Dilma depois de uma semana de embates e de derrotas do governo na Câmara, onde 10 ministros e a presidente da Petrobras, Graça Foster, foram convocados (obrigados) ou convidados (aceita se quiser) para dar esclarecimentos na Câmara sobre assuntos espinhosos para o governo.
Com agências