Brasília - Em meio à debandada de alguns partidos da base aliada do "blocão" dos descontentes com a articulação política do governo Dilma Rousseff, o líder do PSC na Câmara, André Moura (SE), afirmou nesta sexta-feira que o partido "não vai recuar" e permanecerá fazendo parte do grupo.
Após o PP, PDT e PROS anunciarem a debandada do grupo dos insatisfeitos com o Palácio do Planalto, nesta sexta, foi a vez do presidente nacional do PR, senador Alfredo Nascimento (AM), ir a campo contra a permanência do partido no bloco. O grupo, no entanto, ainda conta com os partidos da base aliada PMDB, PSC, PTB e um de oposição, o Solidariedade.
Em conversa com o Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, Alfredo Nascimento informou que uma série de reuniões foi feita nesta semana entre ele, a bancada do partido na Câmara e o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que resultou em um entendimento.
"O PR sai do blocão. Existia de fato uma insatisfação muito grande principalmente na Câmara dos Deputados. Mas tivemos reuniões de um grupo de deputados e mais o ministro (da Casa Civil) Mercadante. Todas as arestas não foram aparadas, mas algumas foram e acho que já tem condições de manter diálogo com o governo que estava muito ruim", afirmou Alfredo Nascimento.
Segundo André Moura, mesmo que o PSC também seja chamado para conversar com o ministro da Casa Civil, a legenda permanecerá no blocão. "Não sentei para conversar com o ministro Mercadante. O diálogo é sempre salutar, mas a posição do PSC já está tomada e não vamos recuar e permanecemos no blocão", afirmou o líder.