Na Câmara dos Deputados, comandados pelo líder do PMDB na Casa - deputado Eduardo Cunha -, um grupo de 250 parlamentares da base aliada aprovou a criação de uma comissão externa para acompanhar investigações de denúncias de pagamentos de propinas na Petrobras e, ainda, a convocação (obrigatório) e convite (facultativo) da presidente da estatal, Graça Foster, e também de 10 ministros para darem explicações sobre assuntos polêmicos que envolvem o governo.
Com a nomeação dos novos ministros, todos, embora com perfil técnico, estão avalizados pela indicação política de partidos da base aliada. Tomam posse Neri Geller (Agricultura); Vinicus Lages (Turismo); Gilberto Occhi (Cidades); Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário); Clélio Campolina Diniz (Ciência e Tecnologia) e Eduardo Lopes (Pesca).
O resultado das nomeações já começa a aparecer. Dos 250 deputados que formaram o blocão para pressionar a presidente por cargos e verbas, 77 já assumiram que desembarcaram do agrupamento que se rebelou contra os interesses do governo na Casa.
Também na semana passada, o governo federal começou a liberar parte dos R$ 15 milhões anuais que cada parlamentar tem direito com as chamadas emendas parlamentares, que são expedientes usados para liberar verbas para as bases eleitorais. Deputados da base aliada teriam recebido R$ 4 milhões cada um, na semana passada..