O programa foi lançado pelo governo em outubro de 2012 com objetivo de tentar expandir o setor, modernizar a pesca e fortalecer a indústria e o comércio pesqueiro, a fim de atender à demanda interna e ampliar as exportações do País.
"Quero olhar de perto os número do Plano Safra. Quero também ficar muito atento à questão da produção, que cresceu quase 70% no ano passado, e uma meta seria manter a mesma média de produção, o que colocaria o País neste ano produzindo 4 milhões de toneladas de peixes", afirmou Lopes após tomar posse no Palácio do Planalto no lugar do agora ex-ministro Marcelo Crivella (PRB-RJ), que deverá disputar uma vaga na próxima eleição de outubro.
Questionado se daria tempo para implementar algum projeto novo nos oito meses de gestão que restam até o final do ano, o novo ministro respondeu: "Vamos trabalhar todos os dias em cima disso".
Tampão
O novo ministro se esforçou para negar que ocupará o cargo temporariamente, deixando a pasta disponível novamente para o ex-ministro Crivella. Há rumores de que Lopes, que foi suplente de Crivella no Senado, seria um "ministro tampão" e que voltaria ao Senado depois das eleições caso o possível candidato ao Palácio Guanabara seja derrotado. "Não houve essa conversa entre a presidente, eu, o ministro (Crivella) e o presidente do partido. Não existe esse acordo", afirmou.
Apesar da negativa, o ministro sinaliza que uma eventual troca de comando da Pesca dependerá da conjuntura do pós-eleição. "Ele (Crivella) pode voltar para o Senado ou voltar para o Ministério. Isso é uma coisa que lá na frente nós vamos conversar.
Lopes afirmou ainda que não vê risco da Pesca se tornar uma secretaria do Ministério da Agricultura em um eventual segundo mandato de Dilma, caso a presidente opte por enxugar o número de ministérios, que hoje está em 39. "Não vejo o setor hoje, com a importância que ele tem, ser uma pasta de um ministério", disse.
Além do ministro da Pesca também tomaram posse nesta segunda-feira o ministro da Agricultura, Neri Geller; das Cidades, Gilberto Occhi; da Ciência, de Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz; do Turismo, Vinicius Nobre Lages; e do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto (PT-RS).
Durante cerimônia da posse de seis novos ministros, a presidente Dilma agradeceu o trabalho desempenhado pelos que deixam os cargos. "Não esquecerei o bom trabalho que vocês fizeram", enfatizou em seu discurso, agradecendo o companheirismo dos que deixam os cargos hoje..