Jornal Estado de Minas

PMDB falta à posse de ministros e governo marca nova reunião

No encontro, marcado para o fim da tarde desta segunda-feira, estarão presentes o líder da bancada na Câmara, Eduardo Cunha, o vice-presidente da República, Michel Temer, e os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais)

Mesmo com a presidente Dilma tendo atendido e nomeado mais um nome do PMDB para comandar outro ministério, o gesto não serviu para apaziguar a relação com a bancada do PMDB na Câmara.

O sintoma claro dessa situação pode ser observado nesta segunda-feira, durante a posse dos seis novos ministros. Os deputados do PMDB não compareceram à cerimônia e voltaram a explicitar o problema da relação conflituosa. Para tentar amenizar o mal estar, uma reunião foi marcada para o fim da tarde de hoje entre o líder da legenda na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), o vice-presidente da República, Michel Temer, e os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais).

A intenção é discutir pautas de interesse do governo, que estão no regime de urgência e devem ser apreciadas pelo plenário da Câmara dos Deputados nesta semana. O principal interesse do Planalto – e que está na pauta da reunião desta tarde -, é o Marco Civil da Internet. O projeto tramita em regime de urgência constitucional e, por isso, desde o ano passado trava as votações na Casa. Até que o texto seja votado, nenhuma outra matéria pode avançar.
O líder Eduardo Cunha e parte do partido não concordam com pontos considerados essenciais para o governo na votação, como a neutralidade da Internet.

O líder do PMDB no Senado comentou, logo após a cerimônia de posse, que o clima entre o partido e o Planalto já foi melhor. “Estou trabalhando para que acabe de uma vez, mas, por enquanto, nós ainda temos alguns resquícios, alguns incêndios pequenos que nós precisamos apagar”, reconheceu. “Eu não conversei com o líder Eduardo Cunha, mas se há uma reunião marcada para se conversar, para distender e para negociar as questões de votações que existem na Câmara, eu acho que isso é fundamental. Do meu ponto de vista, se essa reunião acontecer é louvável.”

O senador negou que o partido esteja dividido, já que a crise afetou, principalmente, a bancada da Câmara e resultou na convocação de 10 ministros para falar e dar explicações nas comissões. “Isso não quer dizer que o partido está rachado. Não há uma divisão entre Câmara e Senado”, minimizou.

 

Com Agência Brasil

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