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Estado de Minas

PMDB muda de ideia e deve decidir candidato ao Senado durante convenção do partido

Hélio Costa entrou na disputa dias depois de o filho do ex-vice-presidente José Alencar anunciar ter aceitado o convite do PMDB para disputar a eleição para o Senado


postado em 18/03/2014 06:00 / atualizado em 18/03/2014 07:39

Na sexta, Josué (segundo à esquerda) era anunciado como nome ao Senado. Nessa segunda-feira, partido falava também em Hélio Costa para o cargo(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A PRESS)
Na sexta, Josué (segundo à esquerda) era anunciado como nome ao Senado. Nessa segunda-feira, partido falava também em Hélio Costa para o cargo (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A PRESS)

O PMDB de Minas Gerais mudou de planos e poderá ter que escolher em convenção o candidato do partido ao Senado. A ala da legenda ligada ao senador Clésio Andrade anunciou nessa segunda-feira que o ex-ministro das Comunicações Hélio Costa entrou na disputa por cadeira na Casa. Na sexta-feira, ao lado de Clésio, o empresário Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente José Alencar, anunciou em Belo Horizonte ter aceitado o convite da legenda para a candidatura ao Senado.

Em nota, o grupo do senador Clésio Andrade, que defende a candidatura própria do partido ao Palácio da Liberdade, disse que em reunião da Executiva da legenda em Minas realizada ontem foi “reiterado o nome de Josué Alencar como candidato ao Senado, e ficou acertado também o nome do (ex) senador Hélio Costa para a disputa ao Senado, o qual prontamente aceitou o convite”. O texto segue dizendo que “ao fim da reunião ficou confirmada a candidatura de Clésio Andrade ao governo de Minas Gerais e Hélio Costa e Josué ao Senado Federal, o que demonstra ainda mais a força do PMDB com a indicação de nomes de tamanho peso”. Nas eleições de outubro haverá disputa por apenas uma das três vagas que cada estado tem no Senado.

A reportagem não conseguiu contato com o presidente em exercício do PMDB, Saraiva Felipe, nem com o presidente licenciado, o ministro da Agricultura, Antonio Andrade, que retorna ao comando da legenda no estado na quinta-feira. Segundo Hélio Costa, que não participou do anúncio da pré-candidatura de Josué na sexta-feira, ainda é cedo para definir quem disputará a vaga no Senado pelo partido. “Não há apenas um nome colocado. Tem o Josué, eu e outras lideranças”, argumentou. O ex-ministro afirmou que não participou do encontro de sexta por estar viajando. Costa afirmou também ser a favor da candidatura própria do partido ao governo de Minas.

Além da possibilidade de ter que ir à convenção para decidir qual será o candidato ao Senado, os peemedebistas terão que escolher ainda entre a candidatura própria ao Palácio da Liberdade e a aliança com o PT, que terá como candidato o ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. Nesse caso, o PMDB indicaria o vice na chapa. O mais cotado para o posto é Antonio Andrade.

Saraiva Felipe, outro defensor da candidatura própria, afirma que 86% dos delegados do PMDB querem um nome da legenda como cabeça de chapa nas eleições de outubro. Na sexta-feira, o presidente em exercício da legenda demonstrou irritação com o PT, e acusou Fernando Pimentel de “insensibilidade política” por não o procurar para discutir a formação de chapa para o pleito de 2014. Na segunda-feira, Saraiva se reuniu com o presidente estadual do PSDB, Marcus Pestana. Na quinta-feira, porém, o pré-candidato tucano ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, evitou falar sobre uma possível aliança com o PMDB, alegando que as negociações estavam ainda em fase inicial.

GOVERNADOR O governador Antonio Anastasia anuncia nesta terça-feira, em entrevista coletiva junto do vice-governador, Alberto Pinto Coelho (PP), que deixará o cargo em 4 de abril, cumprindo o prazo definido pela legislação para a desincompatibilzação de quem vai disputar as eleições de outubro. O governador vai tentar conquistar uma cadeira no Senado. Há possibilidade de Anastasia anunciar também que, na mesma data, assinará a exoneração de todo o seu secretariado, não apenas daqueles secretários que vão disputar as eleições. É um gesto de apreço a Alberto Pinto Coelho que assumirá o cargo e, assim, teria liberdade para escolher livremente sua equipe de governo.


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