Brasília - Na contramão dos intresses do eleitorais da presidente Dilma Rousseff, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), articula para ser candidato ao governo do Rio Grande do Norte.
O movimento liderado por Henrique Alves poderá ter reflexo em duas frentes. Primeiro, ele torna "natural", segundo peemedebistas, a candidatura do líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ) à sua sucessão na Casa. Cunha não é só o líder do PMDB na Casa, mas também de um grupo de deputados, que já chegou a reunir 250 parlamentares, para pressionar o governo federal por cargos e verbas, votando contra projetos de interesses do Executivo.
Além disso, o movimento do presidente da Câmara repercute também na montagem da chapa regional, na medida que ele excluiu o PT e abrigará nela partidos de oposição. Se ele conseguir êxito na empreitada, Henrique Eduardo Alves pode abrir espaço para ser o candidato dos adversários de Dilma na sucessão presidencial - Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). O peemedebista, que já admite a interlocutores a pré-candidatura, disse nessa segunda-feira sofrer pressões para que se lance. "Há uma pressão muito forte das bases do partido e também de possíveis aliados", afirmou.
Popularidade
Diante dos baixíssimos índices de popularidade da governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM), Henrique Alves vinha montando uma grande coalizão de siglas da oposição. A ideia inicial era reeditar no Estado a aliança nacional com o PT, mas a diretório local do partido de Dilma não aceitou ter na mesma chapa siglas como o PSDB e o PSB, adversários na disputa nacional. Ao final, os peemedebistas caminham para indicar para a chapa do Senado a ex-governadora Wilma de Faria (PSB). "O Rio Grande do Norte era um dos Estados onde o PT iria apoiar o PMDB", diz a deputada Fátima Bezerra (PT-RN). "Além de ter excluído o PT, estão fazendo uma grande coalizão acolhendo o PSDB e o DEM".
Além de abrigar partidos de oposição na sua chapa, a eventual eleição de Alves para o Executivo abrirá espaço para que o líder da bancada na Casa, Eduardo Cunha (RJ), desafeto de Dilma, lance seu nome à sua sucessão na presidência da Câmara. Eleito em 2013 para comandar a Câmara, Henrique Alves era tido como candidato certo à reeleição. Mas, diante das estimativas de que o PT ampliará a vantagem sobre o PMDB em número de deputados nas próximas eleições, os dois partidos já duelam nos bastidores pelo cargo.
Do lado petista, o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PR), busca se viabilizar como alternativa ao PMDB. Tradicionalmente, o partido que faz a maior bancada na Casa costuma indicar o presidente. Desde 2007, porém, PMDB e PT fizeram acordos para um rodízio no cargo, o que viabilizou a eleição de Alves. O acordo, porém, não se estende a 2015.
Com Agência Estado
O movimento liderado por Henrique Alves poderá ter reflexo em duas frentes. Primeiro, ele torna "natural", segundo peemedebistas, a candidatura do líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ) à sua sucessão na Casa. Cunha não é só o líder do PMDB na Casa, mas também de um grupo de deputados, que já chegou a reunir 250 parlamentares, para pressionar o governo federal por cargos e verbas, votando contra projetos de interesses do Executivo.
Além disso, o movimento do presidente da Câmara repercute também na montagem da chapa regional, na medida que ele excluiu o PT e abrigará nela partidos de oposição. Se ele conseguir êxito na empreitada, Henrique Eduardo Alves pode abrir espaço para ser o candidato dos adversários de Dilma na sucessão presidencial - Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). O peemedebista, que já admite a interlocutores a pré-candidatura, disse nessa segunda-feira sofrer pressões para que se lance. "Há uma pressão muito forte das bases do partido e também de possíveis aliados", afirmou.
Popularidade
Diante dos baixíssimos índices de popularidade da governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM), Henrique Alves vinha montando uma grande coalizão de siglas da oposição. A ideia inicial era reeditar no Estado a aliança nacional com o PT, mas a diretório local do partido de Dilma não aceitou ter na mesma chapa siglas como o PSDB e o PSB, adversários na disputa nacional. Ao final, os peemedebistas caminham para indicar para a chapa do Senado a ex-governadora Wilma de Faria (PSB). "O Rio Grande do Norte era um dos Estados onde o PT iria apoiar o PMDB", diz a deputada Fátima Bezerra (PT-RN). "Além de ter excluído o PT, estão fazendo uma grande coalizão acolhendo o PSDB e o DEM".
Além de abrigar partidos de oposição na sua chapa, a eventual eleição de Alves para o Executivo abrirá espaço para que o líder da bancada na Casa, Eduardo Cunha (RJ), desafeto de Dilma, lance seu nome à sua sucessão na presidência da Câmara. Eleito em 2013 para comandar a Câmara, Henrique Alves era tido como candidato certo à reeleição. Mas, diante das estimativas de que o PT ampliará a vantagem sobre o PMDB em número de deputados nas próximas eleições, os dois partidos já duelam nos bastidores pelo cargo.
Do lado petista, o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PR), busca se viabilizar como alternativa ao PMDB. Tradicionalmente, o partido que faz a maior bancada na Casa costuma indicar o presidente. Desde 2007, porém, PMDB e PT fizeram acordos para um rodízio no cargo, o que viabilizou a eleição de Alves. O acordo, porém, não se estende a 2015.
Com Agência Estado