Brasília – A comissão externa da Câmara criada para investigar suspeitas de irregularidades na Petrobras será composta por oito deputados, sendo cinco governistas e três oposicionistas. Os trabalhos serão coordenados pelo terceiro-secretário da Casa, Maurício Quintella (PR-AL). Os congressistas vão acompanhar o caso da empresa holandesa SBM Offshore, que aluga plataformas a companhias de petróleo e que é suspeita de ter pago suborno a empresas em vários países, incluindo o Brasil. Também a Polícia Federal investiga as suspeitas de que funcionários da Petrobras receberam propina da fornecedora holandesa.
Entre os três nomes da oposição, os deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP), que é promotor de Justiça, e Fernando Franceschini (SDD-PR), delegado da Polícia Federal, devem ser indicados. O DEM deve optar pelo deputado Onyx Lorenzoni (RS).
A ideia da oposição é começar os trabalhos tentando reunir informações junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Ministério Público Federal. Somente depois viagens à Holanda e aos Estados Unidos seriam realizadas.
O custo da comissão externa para a Câmara ainda não foi calculado. Quando houver viagens, o Congresso vai pagar passagens e hospedagens, além de diária de US$ 428 por deputado. Apesar de o grupo não ter poderes de investigação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI), como convocação de testemunhas e quebra de sigilo, a medida é vista pelo governo como negativa para a imagem da estatal.