Porto Alegre – O governador Tarso Genro (PT) disputará a reeleição no Rio Grande do Sul, mesmo sem ter garantia de que serão atendidas as principais condições que impôs para confirmar a candidatura.
Neste ano, o petista assumiu a liderança de governadores e prefeitos que defendem um novo indexador, mas a aprovação no Congresso segue barrada pelo Planalto. Tarso já fez críticas duras ao ministro Guido Mantega (Fazenda) e ao "medo" do governo diante das agências de risco. O temor de um rebaixamento da classificação do Brasil é apontado como motivo do desinteresse do governo federal no projeto que altera o indexador da dívida.
A segunda condição, sobre o apoio exclusivo de Dilma, está mais bem encaminhada devido às articulações dos rivais locais do PT com opositores da presidente. O PMDB do Rio Grande do Sul escolheu no fim de semana como candidato ao governo o ex-prefeito de Caxias do Sul José Ivo Sartori, contrário à aliança com o PT nacional. E favorecendo o cenário para Tarso está a possibilidade de a mais forte candidata da oposição a ele, a senadora Ana Amélia Lemos (PP), abrir seu palanque a Aécio Neves (PSDB) ou a Eduardo Campos (PSB).