Porto Alegre – O governador Tarso Genro (PT) disputará a reeleição no Rio Grande do Sul, mesmo sem ter garantia de que serão atendidas as principais condições que impôs para confirmar a candidatura. O petista havia dito que somente concorreria a mais um mandato caso a dívida do estado com a União fosse renegociada e a presidente Dilma desse apoio exclusivo a ele na disputa ao governo gaúcho. As declarações foram dadas no fim do ano passado. À época, ele afirmou que só seria candidato após a aprovação, no Congresso, de um novo indexador para a dívida dos estados. Proporcionalmente, o Rio Grande do Sul é o mais endividado, com passivo acima do limite de 200% da receita. Sem essa mudança no cálculo da dívida, um segundo mandato, disse Tarso, ficaria restrito a "pagar salários".
A segunda condição, sobre o apoio exclusivo de Dilma, está mais bem encaminhada devido às articulações dos rivais locais do PT com opositores da presidente. O PMDB do Rio Grande do Sul escolheu no fim de semana como candidato ao governo o ex-prefeito de Caxias do Sul José Ivo Sartori, contrário à aliança com o PT nacional. E favorecendo o cenário para Tarso está a possibilidade de a mais forte candidata da oposição a ele, a senadora Ana Amélia Lemos (PP), abrir seu palanque a Aécio Neves (PSDB) ou a Eduardo Campos (PSB).