Além de cuidar da agenda que o governador Eduardo Campos (PSB) irá cumprir quando deixar o cargo no dia 4 de abril para disputar a Presidência da República, a direção nacional do PSB também está montando a estrutura logística da campanha. No estado de São Paulo, por exemplo, será instalado um comitê central para atender a Região Sudeste, que concentra os três maiores colégios eleitorais do país (São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro) e demais cidades do entorno. A estratégia também inclui o aluguel de um apartamento. O imóvel servirá de ponto de apoio para Eduardo quando ele precisar ficar mais tempo na capital paulista.
Segundo ele, isso é importante porque não é só a capital paulista que dispõe de uma mídia forte. “Um município como Campinas (SP), por exemplo, também conta um esquema de comunicação muito bom e poderemos reproduzir a mensagem dele para outros locais”, frisou o socialista.
O outro comitê central da campanha do PSB será instalado em Pernambuco, terra natal de Eduardo. O espaço irá concentrar as atividades direcionadas à Região Nordeste. Nos demais estados, os socialistas devem utilizar o espaço das sedes estaduais, como no Rio de Janeiro e Brasília. Nos próximos dias, os líderes do PSB devem definir o local e a data para o anúncio oficial da pré-candidatura de Campos, tendo na vice a ex-senadora Marina Silva (PSB). Uma possibilidade é de que o evento aconteça no dia 14 de abril, provavelmente em São Paulo ou Brasília.
Ontem, Eduardo Campos investiu mais uma vez na capital paulista e novamente com críticas à Dilma Rousseff (PT). Em um seminário organizado pela revista Carta Capital, afirmou que falta ao governo federal interesse em ouvir as demandas da população. “Muitas vezes o governo passa a impressão de que não gosta de ouvir, e ouvir é uma questão de talento. É preciso, neste instante, a capacidade de fazer intensa escuta da sociedade para que não fique aquele ambiente em que o pavio vai encurtando”, alertou o presidenciável.