Pela regra da Casa, PT, PMDB, PSD e PR devem indicar um nome cada para a comitiva. Da base, apenas PMDB e PP definiram seus escolhidos: Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) e Mário Negromonte (PP-BA). Já os adversários do Planalto devem enviar o ex-líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), e o deputado gaúcho Onyx Lorenzoni (DEM). A última vaga da oposição é disputada pelo Solidariedade e pelo PSB, do pré-candidato a presidente e governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Os pessebistas querem emplacar o deputado Alexandre Roso (RS).
Além dos oito integrantes, o grupo terá como coordenador - representando a Mesa Diretora da Casa - o deputado Maurício Quintella (PR-AL), escolha do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
A criação da Comissão Externa na semana passada foi a primeira retaliação ao governo do chamado “blocão”, grupo insatisfeito com a articulação política do Executivo. Os parlamentares vão tentar obter informações de autoridades holandesa sobre um suposto esquema de pagamento de propina da empresa SBM Offshore a funcionários e intermediários da Petrobrás, em negócios envolvendo fretamento de plataformas.
Para defender o governo, o argumento de deputados da base fiéis ao Planalto é que a comissão terá poucos poderes.
A ideia é que amanhã as bancadas apresentem os nomes dos indicados e que eles definam o cronograma de atuação da comissão. A oposição quer que antes mesmo de viajar ao país europeu os parlamentares colham informações sobre o caso em órgãos brasileiros, como a Controladoria-Geral da União (CGU), o Ministério Público, o Ministério da Justiça e a própria Petrobrás.
.