"Se alguém imagina que há amadorismo numa decisão desta, só pode fazê-lo por ignorância, por má-fé ou por uma combinação de ignorância e má-fé", rebateu o petista.
Chinaglia elogiou a maneira "límpida" e "responsável" com que a ex-presidente do Conselho Administrativo da estatal e hoje presidente da República declarou que "as informações levadas eram apenas um resumo executivo de documentos que não foram integralmente levados à reunião" que sacramentou o negócio. "Até pela sua integridade, a presidente decidiu falar a verdade. Quem insinua outra coisa está mentindo. Por que não colocam os nomes dos dirigentes? Ela assumiu sua responsabilidade e está prestando contas", afirmou o deputado, criticando os executivos da estatal que informaram que, à época, Dilma tinha acesso a todas as informações sobre o negócio.
Em um longo discurso, o petista fez um histórico da aquisição da refinaria nos Estados Unidos. Chinaglia lembrou que o negócio foi efetivado antes da crise de 2008/2009 e antes da descoberta do pré-sal. Ele afirmou que 2007 foi "a era de ouro da indústria petrolífera", com recordes de consumo de combustível nos Estados Unidos, e que pareceres de consultorias internacionais recomendavam a aquisição de unidades de refino no mercado norte-americano, onde havia previsão de crescimento até 2015. De acordo com o líder, o executivo Fábio Barbosa e empresário Jorge Gerdau estiveram presentes durante os debates sobre o negócio.
Na explicação a poucos deputados que se encontravam em plenário nesta tarde, Chinaglia disse que a crise mundial provocou a deterioração dos ativos das empresas do setor, mas que com a recuperação econômica dos Estados Unidos, hoje a refinaria de Pasadena está dando lucro. "O fato é que a empresa já está dando lucro e que, portanto, já se considera que o negócio, apesar de todas essas idas e vindas, se transformará, felizmente, em uma boa aquisição", finalizou.
Com Agência Estado .