Procurado pelo jornal, o atual secretário de Planejamento da Bahia e presidente da empresa à época, José Sérgio Gabrielli, preferiu não se manifestar. Ele permaneceu na presidência da petroleira de 2005 a 2012 e tem defendido a compra da refinaria, pois ela estava alinhada à estratégia de expansão no mercado internacional, iniciada em 1999.
Chinaglia acusou também a oposição de ser “seletiva” na escolha dos objetos de investigação, excluindo de antemão as denúncias sobre a empresa francesa Alstom, alvo do escândalo de pagamento de propina nas licitações do metrô paulistano durante a gestão do PSDB. Os parlamentares da oposição, contudo, insistiram em sublinhar o fato de a presidente Dilma Rousseff, à época ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras, ter admitido em nota que só soube que o documento era “técnica e juridicamente falho” após ter autorizado o negócio.
Roberto Indech, diretor da corretora Rico.com.vc, avaliou os desdobramentos do caso de Pasadena como “pouco significativos” para as negociações com ações da Petrobras nas bolsas de valores. Para ele, as pressões negativas recaíram mais desta vez mais sobre a imagem já desgastada da estatal do que sobre as suas finanças. Marcada por outras situações suspeitas de favorecer a terceiros, “dificilmente se acreditaria hoje em erros de avaliação de determinado negócio”.
Considerado o pivô da crise, como autor do “resumo executivo” com falhas, o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró viajou na quarta-feira à Europa de férias. O atual diretor financeiro da BR Distribuidora e funcionário do grupo petroleiro desde 1975 sempre defendeu ao longo do tempo a compra da refinaria americana..