"Entramos com uma petição informando que nosso cliente já prestou dois depoimentos na PF do Rio e ficará em silêncio até ser solto. Queremos evitar que se gaste o erário com a transferência", disse Fernandes ao Estado.
Costa está em prisão temporária de cinco dias. Os advogados deram entrada com um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no Rio Grande do Sul, que também responde pelo Paraná.Segundo Fernandes, a transferência é uma decisão administrativa. Por isso, a petição foi encaminhada ao delegado da PF no Rio.
A Operação Lava Jato foi deflagrada segunda-feira. Fernandes informou que Costa prestou um primeiro depoimento nesse dia, ainda sem orientação de advogados. Na quinta-feira, ele foi preso, por suspeitas, segundo a PF, de "tentativa de destruição e inutilização de documentos que poderiam servir de prova nas investigações" da operação.
Costa nega as acusações.
Costa era diretor da Petrobras quando a operação de compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), foi aprovada. O negócio foi prejudicial para a estatal, como revelou o Estado em julho de 2012. Na quarta-feira, o Estado revelou que a presidente Dilma Rousseff participou da decisão, como presidente do Conselho de Administração - a presidente alegou que o conselho tomou a decisão com base em relatório "falho" preparado pela diretoria..