Partidos de oposição farão na próxima terça-feira, 25, reunião em Brasília a fim de articular uma estratégia para emplacar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras no Congresso. O encontro será liderado pelo provável candidato à presidência e senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o presidente nacional do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP).
Informações revelaram que, em 2006, a presidente Dilma Rousseff, então ministra e presidente do Conselho de Administração da Petrobras, votou a favor da compra de 50% da refinaria americana. Ao justificar seu voto, Dilma disse que só apoiou a medida porque recebeu "informações incompletas" de um parecer "técnica e juridicamente falho". A Petrobras acabou desembolsando US$ 1,18 bilhão na operação.
No mesmo dia em que Aécio "convocou" o 'blocão' dos deputados insatisfeitos com o governo a trabalhar pela criação da comissão, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se mostrou contra a iniciativa. "Acho que o momento eleitoral não é o mais propício. Não sou favorável a partidarizar. Mas se o governo não apurar direitinho, abre espaço (para CPI)", disse FHC. O episódio da compra da refinaria está sendo investigado pelo Ministério Público Federal, Tribunal de Contas da União e pela Polícia Federal.