O Diretório Nacional do PT acusou a oposição e setores conservadores da sociedade de fazer ataques com o objetivo de "atingir a imagem da Petrobras". Na estratégia de sair da defensiva e tentar descolar a presidente Dilma Rousseff da crise que envolve a venda da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), o partido partiu para o ataque aos adversários políticos ao afirmar que o governo do PSDB queria privatizar a estatal na década de 90.
"Mais uma vez estamos presenciando a oposição e os setores conservadores da nossa sociedade fazer ataques para atingir a imagem da Petrobras. É importante relembrarmos que a nossa maior empresa pública foi alvo da política de privatizações no governo liderado pelo PSDB, apoiado pela elite nacional, representado por FHC", diz o texto da resolução do Diretório Nacional, divulgado ontem (21) à noite no site do PT e aprovado um dia antes.
No documento, o PT afirma que a Petrobras é a "mais sólida das empresas brasileiras", tendo registrado um lucro de R$ 23 bilhões no ano passado. Diz ainda que a estatal é "a sétima empresa de energia do mundo, tornando-se competitiva no mercado internacional e simbolizando o arrojo do nosso projeto de Nação". "A tentativa da oposição e do conservadorismo nacional em atacar a Petrobras é mais uma iniciativa daqueles que sucatearam o Estado brasileiro e aprofundaram as desigualdades sociais", destaca.
Economia
- O documento, que faz a defesa da reeleição de Dilma para continuar as transformações iniciadas no Brasil com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirma que nos dois governos do PT foi comemorado "constantemente o aumento de emprego". O PT diz que hoje o país tem as menores taxas de desemprego da história combinadas com o aumento da renda e a ascensão social de amplas camadas da população.
"Enquanto o restante do mundo enfrenta crises econômicas e sofre com índices de desemprego alarmantes, o Brasil demonstra estar preparado para enfrentar todas as adversidades originadas na globalização excludente", afirma. "Enquanto nossos opositores, nos partidos e na imprensa, cantavam a quatro cantos que o Brasil poderia ter um pequeno crescimento econômico ou até não crescer, os dados demonstraram que nossos caminhos são seguros e nosso crescimento sustentável. Crescemos acima da média de centenas de países, sem submissão às políticas recessionistas e excludentes que são aplicadas mundo afora!", completa.
A resolução critica parcela da mídia brasileira por, segundo a legenda, fazer questão de pintar um "quadro aterrorizador" na economia, com a disseminação de "maus presságios" sem fundamentos técnicos, com a clara intenção de influenciar nas disputas eleitorais. "Chega a ser impressionante a distância apresentada por uma parcela da mídia entre o Brasil verdadeiro, governado pelo PT, e o Brasil 'deles'", diz.