Jornal Estado de Minas

Aécio critica PT e diz que demissão de diretor da Petrobras foi "atitude covarde"

Senador participou neste sábado de evento em Campos do Jordão, em São Paulo, onde fez duras críticas à gestão de Dilma Rousseff, que estaria promovendo um 'aparelhamento absurdo da máquina pública'

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O senador e pré-candidato do PSDB à Presidência das República, Aécio Neves, criticou neste sábado o afastamento do diretor-financeiro da Petrobras Distribuidora, Nestor Cerveró.

A saída do diretor ocorre num momento em que a oposição tenta instalar uma CPI da Petrobras no Congresso Nacional para investigar a compra pela estatal da usina de Pasadena. Para Aécio, o afastamento do executivo "é uma decisão covarde do governo".

Segundo o tucano, o governo Dilma Rousseff gosta de terceirizar a responsabilidade nos escândalos. "Sequer sabemos se foi uma decisão da presidente da República. Queremos explicações, seria bom Dilma dizer em cadeia nacional de rádio e televisão que ela errou". Para Aécio, terceirizar responsabilidades numa operação danosa como esta é fazer pouco caso da inteligência do brasileiro.

Em discurso no encerramento do 58º Congresso Estadual de Municípios, em Campos do Jordão (SP), o senador acusou a gestão petista de estar "dilapidando o patrimônio brasileiro". O tucano afirmou que nos próximos meses espera que o povo brasileiro possa compreender as propostas de seu partido "para se contrapor ao aparelhamento absurdo da máquina pública (pelo PT), à centralização perversa e a falta de eficiência do Estado". Ele destacou que o PSDB apresentará (neste pleito) uma proposta de meritocracia, de Estado eficiente e de solidariedade com os entes federados.

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, ao lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também presente no evento - Foto: Sem unanimidade

A defesa de uma abertura de CPI para investigar a compra da refinaria nos EUA pela Petrobras não é unanimidade entre a oposição.
Neste sábado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que não há necessidade de instalação de uma comissão no Congresso se for realizada uma boa investigação sobre a transação.

Alckmin é o terceiro líder de seu partido a se posicionar contrário à CPI. Nessa sexta-feira, o ex-governador José Serra disse que em ano eleitoral "não é recomendável instalar uma CPI". Na mesma linha, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que uma CPI em ano eleitoral acabe sendo partidarizada.

As informações são da Agência Estado

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