"Recebo inúmeras manifestações de carinho, pedidos de cidadãos comuns para que me lance nessa briga, mas não me emocionei com a ideia ainda", reforçou. O presidente do STF disse que pretende permanecer no cargo até novembro, período de seu mandato.
Questionado se não adota uma postura muito dura, Barbosa afirmou que isso é necessário. "O Brasil é o País dos conchavos, do tapinha nas costas, o País onde tudo se resolve na base da amizade, e eu não suporto nada disso. Às vezes eu sou duro para mostrar que isso não faz o menor sentido em uma grande democracia como é a nossa", disse.
A popularidade de Barbosa cresceu após o julgamento do mensalão, mas, apesar das condenações, o ministro questionou o combate à corrupção apenas por meio da repressão.
"Nós ainda não encontramos a forma correta e eficaz de combater o problema. Talvez estejamos adotando o método errado," afirmou na entrevista transmitida na madrugada de domingo. "Talvez medidas preventivas drásticas, que doam no bolso, na carreira e no futuro dessas pessoas que praticam a corrupção sejam mais eficazes." A entrevista foi concedida há dois dias.