A entrada das Forças Armadas e da Força Nacional nas comunidades fluminenses pacificadas está sendo preparada pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope), que já ocupa favelas da Zona Norte. De acordo com a Polícia Militar, a presença das tropas em seis favelas será por tempo indeterminado. Enquanto o governo estadual aposta na ajuda federal para controlar a situação, especialistas acreditam que a opção não deve surtir efeitos duradouros.
“Por agora, deve diminuir os confrontos, apesar de não acabar com eles. A longo prazo, não vai mudar muito o quadro geral”, avalia o sociólogo Ignácio Cano, pesquisador do Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Na avaliação dele, o pedido de Cabral representa um retrocesso. “Chamar de volta o Exército significa dizer que não avançamos, sobretudo no Alemão.