Entre os mais exaltados, o deputado Rafael Silva, do PDT - partido que integra a base de Alckmin -, acusou o Palácio dos Bandeirantes de usar cargos em troca de apoio. “Os deputados estão irritados, mas têm medo de bater de frente porque têm cargos no governo. Quem tem cargo, perde a independência”, disse o pedetista.
Questionado sobre quais seriam os cargos mais utilizados como moeda de troca, o parlamentar fez uma lista: “Divisões regionais de saúde, escritórios regionais de planejamento, Codasp (Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo) e até o Instituto de Pesos e Medidas”. A bancada petista na Casa vai além e acusa o governo de manter uma “reserva” de cargos para uso político, “O governador fala em eliminar cargos para poupar dinheiro, mas criou cargos por decreto que não foram ocupados”, diz o deputado Luís Cláudio Marcolino, líder petista na Casa (veja texto ao lado). A assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes refuta a afirmação e sustenta que todos as indicações de cargos para todos os escalões da gestão são feitas com critérios técnicos.
‘Moeda de troca’
Especialista em gestão pública, o sociólogo Aldo Fornazieri, diretor da Escola de Sociologia de São Paulo, contesta a afirmação do governo. “O governo usa cargos comissionados para consolidar sua base de apoio na Assembleia.