O vice-presidente disse que o maior risco para a humanidade não está nas instalações de uso civil de energia nuclear, mas sim nas bombas atômicas. “Hoje, como sabemos, todo o estoque de material nuclear voltado para uso militar escapa dos mecanismos multilaterais de controle. O modo mais eficaz de se reduzirem os riscos de que agentes não estatais utilizem explosivos nucleares ou seus materiais é a eliminação total de todos os arsenais atômicos”.
Temer ressaltou que a Constituição Federal brasileira estabelece que toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e que o país defende o lançamento de negociações multilaterais sobre uma convenção que proíba as armas nucleares e preveja sua eliminação “de forma transparente, verificável e irreversível, com metas e prazos realistas”.
Segundo Temer, essas preocupações motivaram o Brasil a apresentar a declaração intitulada “Em maior segurança: uma abordagem abrangente da segurança física nuclear”, apoiada por outros 14 países: Argélia, Argentina, Chile, Egito, Indonésia, Cazaquistão, Malásia,Filipinas, México, Nova Zelândia, Cingapura, África do Sul, Ucrânia e Vietnã.
“Um mundo que aceita as armas nucleares será sempre um mundo inseguro. É imperioso eliminar tais armas que permanecem como ameaça à humanidade”, concluiu o vice-presidente, explicitando a expectativa de que os esforços da cúpula contribuam para reforçar o empenho político neste propósito.
Paralelamente à 3ª Cúpula sobre Segurança Física Nuclear, que conta com a presença, entre outros líderes, do presidente norte-americano Barak Obama, da chanceler alemã Angela Merkel e do primeiro-ministro britânico Cameron David Cameron, os líderes do G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) se reúnem em Haia para avaliar sanções à Rússia pela anexação da Crimeia, península pertencente à Ucrânia, ao seu território. Uma das medidas que serão votadas pelo grupo é sobre a possível expulsão da Rússia do G8..