Representando o Estado brasileiro, o vice-presidente Michel Temer defendeu nesta segunda-feira, em Haia, na Holanda, a eliminação total de todos os arsenais atômicos do mundo. Durante discurso na 3ª Cúpula sobre Segurança Física Nuclear, Temer também ressaltou que toda atividade nuclear deve ser admitida somente para fins pacíficos.
Temer ressaltou que a Constituição Federal brasileira estabelece que toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e que o país defende o lançamento de negociações multilaterais sobre uma convenção que proíba as armas nucleares e preveja sua eliminação “de forma transparente, verificável e irreversível, com metas e prazos realistas”.
Segundo Temer, essas preocupações motivaram o Brasil a apresentar a declaração intitulada “Em maior segurança: uma abordagem abrangente da segurança física nuclear”, apoiada por outros 14 países: Argélia, Argentina, Chile, Egito, Indonésia, Cazaquistão, Malásia,Filipinas, México, Nova Zelândia, Cingapura, África do Sul, Ucrânia e Vietnã.
“Um mundo que aceita as armas nucleares será sempre um mundo inseguro. É imperioso eliminar tais armas que permanecem como ameaça à humanidade”, concluiu o vice-presidente, explicitando a expectativa de que os esforços da cúpula contribuam para reforçar o empenho político neste propósito.
Paralelamente à 3ª Cúpula sobre Segurança Física Nuclear, que conta com a presença, entre outros líderes, do presidente norte-americano Barak Obama, da chanceler alemã Angela Merkel e do primeiro-ministro britânico Cameron David Cameron, os líderes do G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) se reúnem em Haia para avaliar sanções à Rússia pela anexação da Crimeia, península pertencente à Ucrânia, ao seu território. Uma das medidas que serão votadas pelo grupo é sobre a possível expulsão da Rússia do G8.