Segundo a presidente, não havia programas federais de habitação porque não existe uma solução de mercado para a situação da moradia no País. "É impossível, uma família com renda de R$ 1,6 mil pagar um financiamento de R$ 96 mil nas condições normais. A conta não fecha nunca", afirmou. Segundo a presidente, este também é o motivo que explica porque o povo brasileiro "vivia em habitações precárias, favelizadas, na casa de parentes ou pagando aluguel".
Dilma ressaltou a integração entre as três esferas do poder para a construção das moradias entregues em São José dos Campos. Segundo ela, a parte do governo federal é "fazer a política pública correta para beneficiar os brasileiros". A presidente saudou a participação da prefeitura de São José dos Campos, que se comprometeu com R$ 8,4 milhões para garantir o acesso e a infraestrutura do conjunto habitacional.
Já o governo de São Paulo destinou R$ 34 milhões para a construção das unidades habitacionais, o que representa R$ 20 mil por casa. O investimento do governo federal é de cerca de R$ 130 milhões, correspondentes a R$ 76 mil por residência.
Como faz habitualmente em discursos de entrega de moradias populares, a presidente disse que a casa própria não é privilégio, mas um direito de cidadania e que os beneficiados não devem as moradias a ninguém. "Não agradeçam a mim, à prefeitura, ou ao governo do Estado. A casa vem do dinheiro arrecadado do povo brasileiro e da luta de vocês", afirmou.
Ainda exaltando o "maior programa do governo federal", Dilma disse que as casas "têm que ser a melhor casa possível". "Em todo o Estado de São Paulo, 284.700 famílias já têm casa própria graças ao Minha Casa, Minha vida", disse a presidente.
Pronatec
Antes de encerrar seu discurso em São José dos Campos, a presidente falou do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e encorajou as mulheres do Pinheirinho a se inscreverem no programa. Segundo a presidente, mais da metade das 6,2 milhões de matrículas recebidas no Pronatec são de mulheres. A meta de Dilma é chegar a 8 milhões de alunos inscritos.
O discurso foi encerrado com uma fala otimista de Dilma à plateia formada, em grande parte, por moradores despejados do Pinheirinho em 2012. "Nós todos temos que saber que o Brasil será do tamanho do sonho de cada um dos brasileiros", finalizou Dilma..