"Sobre a CPI, nós decidimos aguardar o Senado. Se conseguir no Senado o número necessário, nós vamos analisar. Nós não vamos começar nada por aqui, até porque todo mundo sabe que aqui é fácil conseguir", disse nesta terça-feira, 25, o líder do PSC, André Moura (SE), porta-voz da reunião do grupo. "Agora, tudo que for apresentado de convites e convocações para apurar as denúncias da Petrobras nas comissões nós vamos apoiar", ressaltou Moura.
Os deputados descartaram a tentativa de furar a fila e tentar instalar a CPI apenas na Câmara por temer que não se alcance a maioria necessária em plenário para aprovar a urgência. O movimento visa também jogar a pressão sobre o tema para os senadores. "Não dá para toda vez a gente fazer o desgaste aqui e os senadores se acertarem com o governo por lá", relatou um dos participantes da reunião.
Além de Moura, participaram do almoço os líderes do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), do PR, Bernardo Santana de Vasconcellos (MG), do SDD, Fernando Francischini (PR), o vice-líder do PTB, Antônio Brito (BA) e o presidente do SDD, Paulinho da Força (SP).
Os partidos decidiram ainda que vão apoiar o Marco Civil da Internet após as concessões feitas pelo governo que retirou do projeto a obrigatoriedade de armazenamento de dados no Brasil e alterou a forma de regulamentação da neutralidade da rede. O único embate será em relação ao artigo que trata da responsabilização civil.