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Estado de Minas

Defensores da CPI da Petrobras trabalham em três frentes


postado em 25/03/2014 18:01 / atualizado em 25/03/2014 18:12

Os entusiastas de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a compra da refinaria em Pasadena, no Texas (EUA) pela Petrobras decidiram há pouco trabalhar em três frentes para tentar recolher a quantidade necessária de assinaturas para instalar a CPI. Encabeçados pelo presidente do PSDB e pré-candidato tucano à Presidência da República, Aécio Neves (MG), o grupo se diz confiante que conseguirá apoio de pelo menos 27 senadores e, pelo menos, 171 deputados.

Com preferência por uma comissão mista, os parlamentares esperam conseguir até mesmo 28 assinaturas de senadores e então começar a coleta entre os deputados. Outro caminho seria optar por uma CPI apenas na Câmara. No entanto, os outros 12 requerimentos de pedidos de Comissão de Inquérito que aguardam na fila atrasariam o início das investigações. Outra opção vislumbrada é fazer uma CPI apenas no Senado. Isso contudo é menos provável devido à abrangência do governo na Casa.

Entre as assinaturas esperadas no Senado está do líder do PSB, Rodrigo Rollemberg (DF). Ele disse que a bancada do partido ainda não se reuniu para decidir se todos eles vão apoiar a investigação parlamentar, mas os entusiastas da CPI contam com as assinaturas dos 4 senadores socialistas. "Eu vou assinar a CPI porque quero esclarecer por todos os meios um assunto de tamanha gravidade que atingiu a Petrobras, um patrimônio de todos os brasileiros", afirmou Rollemberg. Também são senadores do PSB Lídice da Mata (BA), Antonio Carlos Valadares (SE) e João Capiberibe (AP).

Questionado sobre a possibilidade de uma futura CPI acabar frustrada, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), idealizador da reunião desta tarde, disse que quem corre esse risco é o governo. "A resposta do PSDB é essa. Estamos propondo uma CPI e o Fernando Henrique Cardoso resolveu apoiar para que não haja nenhuma dúvida", afirmou ao responder sobre um possível temor de que as investigações acabem descobrindo algo que tenha ocorrido na gestão FHC.

O Estado revelou, semana passada, que Dilma, na época ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras, votou a favor da transação com base em um resumo que ela própria classificou como "falho" e "incompleto". Na manhã de hoje, um grupo de senadores "independentes" protocolou na Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de investigação contra a presidente Dilma por ter concordado com a operação.


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