O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, saiu em defesa da presidente Dilma Rousseff. Em coletiva, ele afirmou que a representação protocolada nesta terça-feira por um grupo de senadores é uma manobra política. Segundo o ministro, o que os parlamentares desejam com a atitude é “transformar um embate político-eleitoral em uma investigação”. O ministro ainda afirmou que o texto apresentado à PGR não apresentada nenhum fato novo sobre o caso, que já está sendo investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal. No pedido de investigação, o grupo pede que o procurador-geral, Rodrigo Janot, investigue a compra, pela Petrobras, de uma refinaria em Pasadena, Texas (EUA).
Cardozo afirmou que a ação é uma tentativa de desfocar os procedimentos. “Chama a atenção que a representação seja feita, exclusivamente, contra a presidente Dilma, sendo que as decisões são tomadas em órgão colegiado”, disse, explicando que a representação não cita os outros participantes do grupo que aprovou a compra da refinaria pela Petrobras. O ministro ainda informou que o texto protocolado omite várias informações que consta nos autos e explicou que a decisão da compra da reginaria foi embasada em pareceres de várias consultorias. José Eduardo Cardozo ressaltou que recebeu ordens diretas da presidente Dilma para que as investigações sejam feitas o mais rápido possível.
Pedido de investigação
Um grupo de senadores "independentes" entrou nesta terça-feira com uma representação contra a presidente Dilma Rousseff na Procuradoria-Geral da República (PGR). Eles pedem que o procurador-geral, Rodrigo Janot, investigue a compra, pela Petrobras, de uma refinaria em Pasadena, Texas (EUA).
Dilma, na época ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras, votou a favor da transação com base em um resumo que ela própria classificou como "falho" e "incompleto". Um dos integrantes do grupo, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), disse haver a possibilidade de a presidente ter cometido crime de prevaricação, que consiste em "retardar, deixar de praticar ou praticar indevidamente ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal". Segundo ele, o procurador-geral da República prometeu dar celeridade e objetividade à apuração.
Também foram ao Ministério Público os senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Cristovam Buarque (PDT-DF), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Pedro Taques (PDT-MT), Pedro Simon (PMDB-RS), Randolfe Rodrigues (Psol-AP) e Ana Amélia (PP-RS).
Com Agência Estado .