A executiva estadual do PMDB descartou nessa terça-feira a hipótese de coligação da legenda com o PSDB.
A tese da coligação do PMDB com o PT foi majoritária durante reunião ontem com a executiva, conduzida pelo deputado federal Antônio Andrade, de novo no comando da legenda em Minas. A aliança com o PSDB era defendida principalmente pelo deputado federal Leonardo Quintão (PMDB), que evitou se manifestar, sinalizando que poderá engrossar o campo daqueles que sustentam a candidatura própria do partido ao Palácio Tiradentes. Essa é a tese do senador Clésio Andrade, que reiterou a intenção de obter na convenção a indicação do partido para concorrer nestas eleições ao governo de Minas.
“Não temos candidato com densidade eleitoral para disputar o Palácio Tiradentes. Não será benéfico para a reeleição das bancadas e o PMDB não precisa mostrar a cara para lançar um candidato que vai ter entre 7% e 10% dos votos”, declarou Andrade, sem nominá-lo, mas em referência àpré-candidatura de Clésio Andrade. Na hipótese de uma coligação entre PT e PMDB, Antônio Andrade será o vice da chapa, e o empresário Josué Gomes da Silva, o candidato ao Senado Federal.
A disposição da executiva do PMDB é de empurrar a decisão quanto a sua política de alianças para a convenção partidária, no fim de junho.
Até lá, as opções para as coligações se encurtam, o que forçará o PMDB a buscar o PT. “Sem coligações, fica inviável a reeleição das bancadas do PMDB na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados”, afirmou ontem Ivair Nogueira. “A candidatura própria do PMDB sem coligações partidárias que ampliem o potencial de votos das chapas proporcionais não nos interessa”, acrescentou ele. Na mesma linha de argumentação, o deputado estadual Adalclever Lopes considerou ontem que o PMDB, coligado ao PT, terá ainda para a chapa majoritária a aliança com o PROS, o PRB e o PCdoB. “Em termos de tempo de televisão, esses aliados superam os 20 partidos que estarão coligados em torno da candidatura com o PSDB”, afirmou Adalclever, que também trabalha pela coligação proporcional entre PMDB e PT como saída para manter os mandatos dos atuais deputados estaduais e federais.
Sem se demover da intenção de concorrer ao governo, Clésio Andrade rebateu ontem as declarações de Antônio Andrade. “É legítimo, posicionamento do presidente do partido. Entendemos. Tem a corrente que defende e o nome dele está colocado como possível candidato a vice na chapa do PT”, afirmou. “Agora, continuo na tese do fortalecimento do partido na candidatura própria, que pode até gerar condições para aumentar a bancada. É o 15 na tela que vai conseguir votos de legenda e aumentar a bancada”, defendeu o senador..