São Paulo - A Siemens informou nessa terça-feira que tem interesse em que "todas as responsabilidades sejam apuradas com transparência" e que adota "postura de tolerância zero contra qualquer conduta ilegal", ao comentar a notícia de que o Ministério Público estadual ofereceu à Justiça de São Paulo denúncias criminais contra 30 executivos e ex-executivos de 12 empresas acusadas de participar de um cartel em
projetos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e no Metrô de São Paulo. As fraudes teriam sido preparadas entre 1998 e 2008, nos governos de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, todos do PSDB.A Alstom não se manifestou porque não teve acesso às denúncias. A T’Trans disse que sempre norteou suas ações “na lisura e não participou de eventuais conluios” e que respondeu ao Cade “comprovando o posicionamento ético da empresa”. A Mitsui & Co (Brasil) afirmou que vai “cooperar diligentemente com o processo” e que Masao Suzuki não é mais seu diretor.
A MGE se coloca à disposição das autoridades. O criminalista José Luís Oliveira Lima alegou que Ronaldo Moriyama, ex-executivo da empresa, “sempre pautou sua atividade profissional pela ética e correção e nega a prática de qualquer ato irregular.”
O advogado Guilherme San Juan, defensor de Eduardo Basaglia, da Alstom, disse que não pode se manifestar enquanto não tiver acesso à acusação.
A Bombardier destacou que “segue os mais altos padrões éticos e tem confiança de que seus funcionários agem de acordo com as leis”. A Secretaria de Transportes Metropolitanos informou que o Metrô e a CPTM “estão colaborando com todos os órgãos que investigam as denúncias sobre formação de cartel” e que o governo “é o maior interessado em apurar os fatos e exigir ressarcimento aos cofres públicos”.
A Tejofran respondeu que “a atividade do gerente comercial Ricardo Lopes restringe-se à preparação documental de processos licitatórios”. Segundo a empresa, a “análise documental demonstrará a modicidade dos seus preços.”